Conforme o ar chega às profundezas dos meus pulmões, sinto a dor a dissecar
o meu coração.
Como dói respirar.
Não consigo aceitar o ponto em que a minha vida esta.
Não consigo lidar com o que aconteceu. Saber o porquê que tinha que ser
assim, se era preciso tanto?
O desassossego é tanto, que não percebo nem imagino a maneira como
tenho agido ultimamente. O que tenho demonstrado e também não mais sei, quem
sou eu.
Foram tantas batalhas, conquistas e sobretudo mudanças, que eu hoje não
reconheço o meu eu.
Sou uma desconhecida para mim, o que revela o desnorteio, o que este
provoca.
Tenho procurado novos ambientes. Mas parecem-me sempre poucos,
parecem-me sempre nulos, perante o que eu tenho no coração.
Ate onde vou ter de ir, para encontrar um “ar” libertador? Tranquilo e
cheio de felicidade?
Quanto mais peso, dor, amargura e desespero vou ter de superar?
Será que realmente, um dia, a felicidade chega para ficar, perante a
nossa vida?
- Tanta pergunta! Tanta pergunta sem resposta!
Não tem mal fazer perguntas, mas quando as respostas não se encontram, não
existem, torna-se tudo numa atormentada e dolorosa bola de neve.
Ainda pior quando as respostas não justificam tudo o que aconteceu…o que acontece.
Ainda pior quando as respostas não justificam tudo o que aconteceu…o que acontece.
Respiro novamente, a bola de neve aumenta vertiginosamente!
Será que demora para a derreter? Para o ar me libertar? </3
"Muitas vezes, a alma parece-me apenas uma simples respiração do corpo" // Marguerite Yourcenar
Será que demora para a derreter? Para o ar me libertar? </3
"Muitas vezes, a alma parece-me apenas uma simples respiração do corpo" // Marguerite Yourcenar
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